13 de setembro de 2011

"cá se fazem, cá se pagam! "

Voltas-te...
Voltas-te do teu mundo, e entras-te no meu mundo pelos piores motivos.
Entras-te e não pedis-te licença, como sempre!
Mal eu ouvi o teu nome naquele telefonema, o meu coração dispara, perco as forças, e logo de seguida as lágrimas começam a cair quando do outro lado do telefone oiço uma voz a dizer-me que estás no hospital.
As melhores (que são poucas) e as piores (que são bastantes) memórias da minha vida onde estavas presente apareceram logo na minha cabeça...
Não te conheço!
Não conseguimos ter uma conversa para além daquelas perguntas comuns, não temos assunto suficiente para ter um diálogo de pai para filha.
És o homem que mais me magoou até hoje...
Andei perdida quando tive de decidir se te ia ver ou não, eu perguntava as pessoas mais me chegadas, e todas me disseram que só eu é que podia decidir o que fazer, e eu no dia seguinte eu estava lá... ao teu lado. Tu deitado naquela cama de hospital sem poderes fazeres grandes esforços, e com alguma dificuldade a falar, mas estavas com boa cara.
quando o nosso olhar se cruzou, eu senti-me destroçada depois destes anos todos sem te ver, encontrar-te naquela cama, pouco confortável (pelo menos pareceu-me).
Tenho tanto para te dizer, não para te contar. porque já vais tarde para me conhecer. mas tenho para te dizer a dor que me causas todos os dias pela tua ausência, pelo mal que fizes-te na minha vida. não me perguntes se algum dia te vou perdoar, porque hoje ainda me sinto uma criança para tomar essa decisão.
Há dias que mentalmente, vou construindo um pequeno texto de despedida, para te dizer quando voltar a ter "coragem" e vontade de voltar ao hospital.
Eu perdi a esperança para nós os dois...
para mim, o nosso tempo já passou.
Hoje em dia chego a minha casa e sei que tenho a minha família à minha espera quando regresso de mais um dia, e sei que ele estarão lá para os bons e para os maus momentos da minha vida, eles sim, valem a pena.
Há quem diga que estou a ser injusta, ou até demasiado egoísta.
Eu tenho que pensar em mim e nos meus, TU durante 19 anos só pensas-te em ti, e não pensas-te em mais ninguém, por isso não me peças mais nada, sem ser uma visita ao hospital, porque tu és a ultima pessoa neste mundo que me pode pedir alguma coisa.
Hoje estás onde estás porque um dia não fizes-te a escolha certa e agora estás a pagar por isso.
"cá se fazem, cá se pagam! "

20 de julho de 2011

Desabafo...

Por ti sinto uma imensidão de sentimentos. Como, raiva, saudade, amor e paixão.
Preferia sentir só um destes sentimentos por ti, seria tudo mais fácil para mim.
Por vezes dou por mim a pensar em ti, ou até mesmo a prenunciar o teu nome numa conversa entre amigos. Recordo várias vezes os nossos momentos. Mas pouco sentido isso faz pois já sais-te da minha vida há uns bons meses ou até mesmo anos. E mesmo assim penso em em tudo que já vivemos.
Quantas vezes tenho vontade de chamar-te para me acudires, mas é impossível, não quero que voltes e nem quero deixar-te entrar novamente na minha vida, nem no meu coração.
És como a chuva no verão, é raro aparecer mas quando aparece inesperadamente e com uma força enorme, e assim és tu!
Tenho saudades tuas, tenha saudades dos nosso telefonemas estúpidos mas mesmo tempo cómicos, tenho saudades do que já vivemos,mas como tudo, mas contigo sei que aprendi muita coisa e fico feliz por isso. Mas tives-te de partir, tives-te que seguir o teu caminho como eu segui o meu.
Sempre tive a esperança que continuaríamos a ter pelo menos um terço do que tínhamos, como a nossa amizade, mas hoje olha para o presente e vejo que isso para mim seria impossível, só sofreria mais do que sofro hoje no silêncio da minha mente.
Tento e faço os possíveis para não pensar em ti ou até mesmo não olhar para a tua fotografia, mas há noites que a saudades é tão forte mas tão forte, que nem sei explicar.

Quando penso em ti deixo sempre cair uma lágrima, não de dor, nem de lamentações, mas sim de alegria por um dia ter estado ao teu lado e feliz , sim porque tu fizes-te me feliz, como eu sei que um dia também te fiz o mesmo.

Hoje és uma pessoa diferente, acho te uma pessoa mais madura, mais certa do que queres para ti e para o teu futuro.
Já não me vejo ao teu lado, nem nos bons nem nos maus momentos.
Sei se algum dia acontecesse algo muito grave na minha vida tu serias a primeira pessoa a quem eu pensaria em pedir ajuda, mas jamais o faria. O meu orgulho estaria a cima de ti, a minha palavra estaria a cima da tua ajuda.
Porque apesar de já teres estendido várias vezes a tua mão para me ajudares a levantar de todas as quedas que dei, nao quero voltar a pedir ajuda para o quer que seja.
Hoje sinto-me uma mulher mais madura e certa do que sou e do que quero para a minha vida.
Não será uma chuva de sentimentos confusos que irá estragar o meu verão de sonhos.

20 de maio de 2011

Manual de Instruções

Durante alguns meses eu senti a tua rea ausência. Sentia-te como um fantasma teimoso que pairava a minha casa , a minha intimidade, pensei que a nossa proximidade geográfica seria uma questão de tempo.
Podes chamar-lhe teimosia, infantilidade, obstinação, podes também chamar-lhe falta de noção da realidadee eu aceito tudo, porque eu sei que tu tens razão.
Mas também devias de saber que um sonho voa mais alto se for levantado por quatro braços e uma das coisas que mais te aproximou de mim foi a minha capacidade de levar os sonhos o mais alto possível até se tornarem realidade.

Temos ainda que aprender e ensinar um ao outro, se a distância não se trâsnsformar o orgulho e as portas não se fecharem para nós por causa de mal-entendidos.
Podias-mes ensinar a viver com os pés na terra e eu podia ensinar-te a voar; tu explicavas-me como é que se aprende a proteger o coração e eu explicava-te como é podes abrir sem o perderes.
Tu mostravas-me todas as vezes em que eu fui exagerada e eu contava-te todas as vezes em que foste condescendente e pouco sincero.
Tu mostravas-me novas constelações e eu dava-te uma noite de lua cheia diferente de todas aquelas que já tenhas tido.

Quando me perguntam porque é que eu gostei de tanto de ti, nunca falo do teu cuidado e atenção quando amas uma mulher, da tua delicadeza rara, também não falo o que sinto por ti está acima de todas as tuas virtudes e de todas as tuas falhas!

No meu imaginário, sei que a maior lição é aceitar-te como és e mostrar-te que apenas quero que sejas feliz, mesmo que não seja ao meu lado, que afinal é tudo o que desejas para mim também.
Por isso quando tiveres um tempo e vontade marca uma data na tua agenda e convida-me para irmos a uma explanada para tomar-mos um café e conversarmos sobre as nossas diferenças, porque talvez elas nos aproximem mais do que alguma vez pensámos e juntos possamos escrever um manual de instuções.

16 de dezembro de 2010

Hoje...

Hoje sinto-me bem.
Hoje sinto que o meu corpo e o meu coração estão a reagir bem à tua ausência.
Foste um bom amigo, foste o grade amor da minha vida, foste a minha maior droga até hoje.

Hoje sinto que não estás presente na minha vida, hoje sinto que apesar de viveres na mesma cidade do que eu já é rara a vez que te encontro naquelas ruas cheias de luzinhas e estreitas, hoje sinto que estou a ultrapassar o medo de dar o próximo passo sem ti.
Muitas das vezes encorajas-te me para o fazer mas logo a seguir estavas-me acorrentar ao teu corpo esculpido e eu ali ficava acorrentada sem fazer muita força para me libertar.

Já não acredito num "amo-te" ou "tenho saudades tuas" que seja dito entre nós.
Já não acredito no teu sentimento e muito menos no nosso amor. Sinto-o que ele está cansado e muito "usado" para ser tão verdadeiro como nós andámos a tentar que parecesse.

Para mim tornou-se num hábito a relação estranha que nós tínhamos.
Durante muitos anos tu foste a minha droga, quando partis-te fiquei sem saber como devia de levar a minha vida, mas mesmo assim sempre consegui "drogar-me" com os belos momentos que tivemos durante estes meses todos, mas agora já não dá mais.
Quero ter um fim na tua vida como quero que tu tenhas um fim na minha.

Sempre serás a personagem principal da minha bela história de "primeiro amor"

2 de dezembro de 2010

os meus olhos estão vermelhos e aguados.
os meus lábios estão secos, frios.
as minhas mãos estão geladas.
os meus braços estão pesados e cansados.
as minhas pernas queixam-se de dores.
os meus pés não sabem pra onde devem caminha.

os meus olhos pedem a tua face.
os meus lábios pedem os teus para os molharem e para aquecer os meus lábios.
as minhas mãos querem as tuas entrelaças nas minhas.
os meus braços grita pelo o teu corto entrelaçado ao meu.
as minhas pernas suplicam pelas as tua caricias.
os meus pés querem seguir as tua pegadas para chegar ao teu encontro.

25 de julho de 2010

perdi a inspiração. não consigo por no papel aquilo que sinto, o que penso, os meus sonhos, os meus medos nem as minhas vitórias.
estou perdida, estou perdida neste labirinto e ninguém me procura, simplesmente eles vem o meu corpo ali na sua frente, com a estrutura de um corpo de uma menina de 12 anos, a minha pele pálida, com o cabelo curto e bastante escuro pensam sempre que eu pinto o cabelo, mas não,sem conseguir sorrir, porque o sol não sorri para mim como sorri para eles.
não consigo respirar, eles não me deixam viver. só quero que acreditar que isto é tudo uma mentira, depois de estar alguns breves segundos com os olhos serrados com todas as minhas forças quero acreditar que nada daquilo é a minha vida.
quero ser a criança que um dia fui, que corria pelos florestas e que brincava com os lobos e cantava com os lindos pássaros que lá voavam.
hoje sinto-me infeliz por mim e por eles.
mas eu sei que eu sem eles serei só mais uma criança abandonada naquelas rua frias e escuras, onde nenhuma quer viver.
eles não são os meus pais, eles são as pessoas que não se importaram de me acolher, eu sei que não dou muito trabalho, também mal os vejo, estão sempre a trabalhar, passo mais tempo com a governanta da casa.
ela chama-se Gloria, ela senhora bastante simpática, tenta sempre realizar os meus desejos... mas eu com ela só partilho os meus desejos de comida, ela não sabe qual é o meu verdadeiro desejo.
ninguém sabe, porque ninguém me perguntou, porque ninguém se mostrou interessado a saber.
mas hoje pela a primeira vez vou gritar ao mundo qual é o meu grande desejo.
é ser eu, é conseguir descobrir quem sou!
...

5 de junho de 2010

(...)

Guardei-o na gaveta onde menos costumo ir mexer.
É de papel reciclado, já está um pouco machucado mas vai-se aguentado ano após ano.
É nele que guardo as minhas memórias as mais felizes como as mais tristes.
É lá que guardo as minhas primeiras cartas de amor, as fotografias de pessoas Importantes, mas ao longo do tempo foram ficando para trás.
Muitas vezes recorro ao "meu grande e fiel amigo".
Quando sinto saudades tuas vou lá e leio uma carta que me escreves-te antes de ires embora, outras vezes quando bate a saudades daqueles que já partiram abro a gaveta e tiro-o rapidamente e olho pra as suas caras onde estão os mais belos sorrisos de todos os outros.
Eu dia vou partir.
Vou partir para bem longe daqueles que eu mais amo e debaixo do braço vou leva-lo e quando o voltar abrir vai sair la´de dentro uma onda de ternura, de saudade, de amor que me acompanhará até aos últimos dias da minha vida.
Jamais vou pegar fogo ou jogar para o lixo uma lembrança, não interessa que seja boa ou má... mas são essas memórias que fazem de mim o que sou hoje.
Eu cresço com as minhas memórias.
Lá dentro guardo todas as memórias, todos os risos, todos os abraços que troquei com milhares de pessoas queridas. Tudo. Guardo tudo bem guardadinho e por fim, usando a minha saliva fecho o Envelope, mas não com muita pois vou querer lá voltar, vou querer reviver uma vez mais todos os momentos que passei ao lado de cada pessoa (...) e ponho-o novamente naquela gaveta mas nunca será esquecido. Para que um dia seja lembrado, para que um dia lhe possa dar um rumo.