20 de maio de 2011

Manual de Instruções

Durante alguns meses eu senti a tua rea ausência. Sentia-te como um fantasma teimoso que pairava a minha casa , a minha intimidade, pensei que a nossa proximidade geográfica seria uma questão de tempo.
Podes chamar-lhe teimosia, infantilidade, obstinação, podes também chamar-lhe falta de noção da realidadee eu aceito tudo, porque eu sei que tu tens razão.
Mas também devias de saber que um sonho voa mais alto se for levantado por quatro braços e uma das coisas que mais te aproximou de mim foi a minha capacidade de levar os sonhos o mais alto possível até se tornarem realidade.

Temos ainda que aprender e ensinar um ao outro, se a distância não se trâsnsformar o orgulho e as portas não se fecharem para nós por causa de mal-entendidos.
Podias-mes ensinar a viver com os pés na terra e eu podia ensinar-te a voar; tu explicavas-me como é que se aprende a proteger o coração e eu explicava-te como é podes abrir sem o perderes.
Tu mostravas-me todas as vezes em que eu fui exagerada e eu contava-te todas as vezes em que foste condescendente e pouco sincero.
Tu mostravas-me novas constelações e eu dava-te uma noite de lua cheia diferente de todas aquelas que já tenhas tido.

Quando me perguntam porque é que eu gostei de tanto de ti, nunca falo do teu cuidado e atenção quando amas uma mulher, da tua delicadeza rara, também não falo o que sinto por ti está acima de todas as tuas virtudes e de todas as tuas falhas!

No meu imaginário, sei que a maior lição é aceitar-te como és e mostrar-te que apenas quero que sejas feliz, mesmo que não seja ao meu lado, que afinal é tudo o que desejas para mim também.
Por isso quando tiveres um tempo e vontade marca uma data na tua agenda e convida-me para irmos a uma explanada para tomar-mos um café e conversarmos sobre as nossas diferenças, porque talvez elas nos aproximem mais do que alguma vez pensámos e juntos possamos escrever um manual de instuções.

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